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De dentro pra fora: porque a busca interior vai mudar a maneira que você se expressa pro mundo

Algumas tradições espiritualistas afirmam que existem dois “Eus”, o eu menor ou ego e o Eu maior ou Self. O eu menor é a ideia de um si mesmo individual, construído com as coisas que adquirimos na nossa relação com o mundo, com nossas escolhas e crenças, com tudo que temos apego, aversão ou indiferença. Tudo que achamos bom ou ruim, agradável ou incômodo. 

O Eu maior transcende a ideia de um ser individual, por possuir a certeza de interdependência com tudo quanto há. Sabe que nada seria sem o ar, a água, a terra e a Luz do sol que todos os dias vem iluminar o planeta. O Eu maior não acredita que tudo que existe é apartado dele, mas que ele é um só com todas as coisas. O Eu maior olha e respeita todos os seres com os olhos da compaixão e da sabedoria, sabendo que apesar da ignorância e das trevas, existe uma fonte de luz infinita que tudo perpassa e ilumina.

Um ser humano em contato com o Eu maior pode descobrir a impressionante potencialidade do seu ser, aprisionado à ideia de um eu menor, prepotente, inquieto e amedrontado com o futuro da velhice e da morte. Um ser humano em contato com o Eu maior descobre sua transitoriedade e sabe que a travessia é mais importante que o “fim”, sabe que fazer uma casa sobre a ponte é inútil e sofrido, como toda forma de apego. Sabe que existe algo além do tempo finito dos homens, algo que os sonhos tentaram te ensinar e você ainda não acordou para descobrir.

Ser superior: o que tudo criou

Uma nova linha de pesquisa, conhecida como design inteligente, acredita que a complexidade da vida e a perfeição da natureza comprovam a existência de um ser superior. No núcleo de pesquisa em Ciência, Fé e Sociedade, inaugurado em 2017 por uma das maiores universidades de São Paulo, em parceria com instituições americanas, estudiosos descartam a criação do mundo com um simples acaso e analisam códigos genéticos como uma espécie de ‘assinatura de Deus’.

Um estudo realizado nos EUA pelo Instituto Pew, mostrou que 51% das pessoas admitem a existência de alguma forma de poder divino. 

O filme Eu maior, propõe uma reflexão contemporânea sobre o autoconhecimento e a busca da felicidade por meio de entrevistas com expoentes de diferentes áreas, incluindo líderes espirituais, intelectuais, artistas e esportistas.

Lançado em 2013 e hoje com milhões de visualizações no YouTube, o documentário se desdobra agora em formato de livro, disponibilizando conteúdo inédito das entrevistas.

Mas deixando de lado sobre existir ou não, você acreditar ou não, vamos ter um novo olhar para o que está dentro de nós?

As respostas vêm de dentro para fora

Quando você se depara com algum impasse, como lida para encontrar soluções? Você busca tentativas milagrosas ou buscar olhar efetivamente o que está te incomodando?

É preciso começar a perceber que o poder de conseguir realizar qualquer mudança existe dentro de você e, quanto mais procurar fora, mais distante ficará de encontrar.

Quando você se determinar que nada, mas nada mesmo, poderá te impedir de conseguir o que deseja e que isso só depende exclusivamente de você, com certeza conseguirá. Mas enquanto ficar parando cada vez que alguém jogar uma pedra em sua frente, ou seja, ficar ouvindo cobranças, críticas, dos outros e suas, ficará realmente difícil dar algum passo para frente, afinal temos nossos autossabotadores. 

Segundo pesquisas, nos primeiros dezoito anos de vida chegamos a ouvir, em média, entre 65 e 130 mil frases e mensagens destrutivas dos pais, professores e adultos importantes. Como o inconsciente arquiva tudo que é comunicado de forma mais repetitiva nos primeiros anos de vida, a pessoa passa a acreditar nisso como se fosse verdade. São as crenças, lembra?

Esse pode ser um dos fatores que nos fazem não acreditar que podemos conseguir o que desejamos. Ficamos com a autoestima muito baixa e com a ansiedade muito alta por resultados, na ânsia por mudar essa realidade que nos fizeram acreditar, mas que não corresponde à verdade. Só mudamos esse padrão, quando começamos a nos questionar sobre quem ela é realmente.

O livro Em busca de sentido” de Viktor Frankl, relata ter percebido, dentre outras coisas, que pessoas (independente da constituição física e intelectual), tinham maior chance de sobreviver se tivessem a capacidade de acessar o mundo interior delas. A possibilidade do acesso a esse mundo interior indica que precisamos menos da aprovação externa e mais da nossa própria ideia e opinião acerca das coisas. Quando se é destituído de tudo, como nos campos de concentração, até mesmo do próprio nome, é preciso conhecer-se bem para não sucumbir diante de uma situação tão angustiante.

Como olhar para dentro?

Se há muitas experiências negativas, tentativas frustradas e você acredita que tudo será igual, provavelmente tudo será. Quando olhamos para dentro, ganhamos a oportunidade de encontrar quem verdadeiramente somos, as nossas crenças, não só comportamentos que reproduzimos de forma inconsciente. As respostas estão sempre em você. Para te ajudar e facilitar esse caminho, algumas sugestões são:

1- Pare de se condenar, se criticar. Isso faz mais mal que alguns alimentos. Que tal começar parando de brigar com você?;

2- Pegue um papel e uma caneta e comece a escrever todos os motivos que estão te impedindo de conseguir o que deseja;

3- Se pergunte: Será que depende mesmo deles ou de você? O que tem haver eles não desejarem mudar, com sua necessidade e desejo de mudança? É preciso entender que a necessidade é sua, não deles;

4- Diminua sua necessidade (se é que existe) de querer agradar a todos e procure agradar mais a você mesma.

Olhe para dentro e saberás

Entenda sua situação e procure melhorar sem se depreciar, sem se odiar pelos erros, sem se sentir pequeno por ser imperfeito. Imperfeitos todos somos. Para te ajudar a ressignificar a sua própria história:

Permita-se estar sozinha sem piedade ou rancor por isso. Perdoe-se. Abrace a si mesma com força. Seja um ombro amigo pra você. Muitas vezes com o passar do tempo entendemos que não tínhamos lá atrás a maturidade que temos hoje e que foram nossos passos, por mais desajeitados que possam parecer, que nos trouxeram onde estamos hoje. Agradeça! 

Não tenha medo, desenvolver a solitude pode ser a chance de você ouvir as respostas que já estão aí dentro. Medite, escreva, reflita, tire um tempo para encontrar as respostas além da mente. O seu mundo interior te espera. Agora só depende de você mesma.  

Lembre-se sempre: estamos juntas!