Você já se perguntou qual a pessoa mais importante da sua vida? Pode ser que nesse momento, a primeira que veio a sua cabeça não foi você. E está tudo bem.
Pode ser também que você tenha pensando “EU”.
E é exatamente sobre essa prioridade que queremos falar. Onde você anda dentro das suas prioridades?
Quando nos colocamos como prioridade, tudo ao nosso redor se encaixa melhor, começamos a ter a sensação de que estamos andando na vida e não correndo, pois estamos vivendo com mais foco no importante.
Antes de ser o todo, você é individual. É como ouvimos antes do avião decolar:
“Coloque primeiro a máscara em você, e em seguida, na pessoa ao seu lado.”
Para podermos dar o nosso melhor para o mundo, realizar nossos sonhos externos e ajudar as pessoas, é fundamental estarmos bem.
Existe uma falácia na nossa cultura, que é a ideia de que se colocar em primeiro lugar é uma atitude egoísta.
Quando você ama outra pessoa (seja seu sócio, um membro da família ou um amigo), você prioriza pensar sobre seus desejos, necessidades, interesses, inclinações e assim por diante, certo? Isto faz sentido: nós queremos fazer aqueles a quem amamos felizes, queremos fazê-los se sentirem ouvidos e compreendidos.
Mas amar aos outros não te impede de também amar a si mesma. Na verdade, talvez todas nós devêssemos tentar cultivar mais amor por nós mesmas do que pelas outras pessoas.
Pressão cultural
Quando começamos a nos amar em primeiro lugar, nos sentimos completas. Nossas criança interior está nutrida, nossa adulta reconhece e ressignifica o seu passado e com isso paramos de projetar no outro e no mundo nossos traumas, medos, ressentimentos e sentimentos de abandono, rejeição.
Parte do problema cultural é que a maioria das pessoas, talvez inconscientemente, associa a ideia de amar aos outros com o esquecimento sobre si mesma.
“Preciso me anular para ser aceita”.
Devido a esta crença e algumas outras que pode ser que existam no seu subconsciente, pode ser que até pouco tempo (ou inclusive hoje mesmo) você sentia uma tendência de colocar os outros como prioridade antes de cuidar de si, que precisava criar situações em que se sentia abandonada primeiro para depois se sentir amada.
De onde vem então, o amor próprio?
O amor próprio é sermos amigos a apoiadores de nós mesmos, em todas as nossas fragilidades e vulnerabilidades. Segundo o dicionário, amor próprio significa um sentimento de dignidade, estima ou respeito que cada qual tem por si mesmo.
Essa conduta com nós mesmas, se reflete na relação com os outros, pois, se nos compreendemos, seremos capazes de fazer escolhas que estejam alinhadas com a nossa verdade… construindo aqui o que viemos para realizar e ainda construir um círculo íntimo com pessoas da sua confiança e que vibram na mesma frequência.
Veja aqui uma meditação para começar a guiar-se no caminho do amor próprio.
Amor próprio é egoísmo?
Vamos começar entendendo o que é egoísmo. O significado de Egoísmo é a atitude ou o hábito de um indivíduo que só se importa com suas necessidades, interesses e opiniões, caracterizado por possuir um amor próprio excessivo e também que despreza as necessidades alheias.
Egoísta é o adjetivo de dois gêneros que indica uma pessoa que só trata de seus interesses.
Atrás de uma atitude egoísta pode se esconder uma excessiva vaidade ou uma baixa autoestima, além de abandono e medo da rejeição.
O amor próprio é diferente do egoísmo, pois não necessita de autoafirmação e da admiração alheia. Quando nos amamos, nos permitimos muito mais ouvir o outro, não julgar, como também acolher e perceber as pessoas espelho em nossa vida e os que elas têm a nos ensinar.
Afinal, o amor é um ato de altruísmo, que impacta a todos quando uma pessoa se ama, se aceita e se permite viver genuinamente o seu poder pessoal.
A importância do amor próprio
Vivemos em um mundo (cada vez menos, sempre na torcida e ação, rsrs) competitivo, que dá as regras sobre o que faz bem e é importante para nossas vidas. Muitas pessoas, em função desse tipo de condicionamento e padrão de vida, perdem o seu próprio referencial e o contato com sua essência, consequentemente, perdem também o amor próprio, vivendo em busca daquilo que não condiz com sua real natureza e seus verdadeiros valores.
Você tem amor por si? Quando instalamos em nós a vontade de fazer o melhor por nós mesmo (muitas ciências sociais teorizam que é da natureza humana agir em benefício de si, sem que isso signifique prejudicar o outro) estamos nos amando. A riqueza está também em constatar que as relações com todos os que estão à sua volta, parentes, amigos, sociedade, ganham em qualidade, amorosidade e compaixão.
Amar-se significa fazer tudo isso primeiro para si mesmo. Com todos nossos erros e as nossas dificuldades, em todas as vezes que pisamos na bola e fazemos algo de que não nos orgulhamos. Com todos os acertos e as qualidades. Com aceitação verdadeira. Nos amamos em todos os momentos, e não apenas se fizer o bem ou conseguir bons resultados.
Como desenvolver o amor próprio?
1. Autoconhecimento
Conhecer, aceitar a sua história e tornar-se responsável pela sua realidade, buscando se conhecer e explorar cada dia mais, e não ser melhor do que os outros (paradigmas matrix, né?!). Conversar conosco e ouvir o que temos a dizer à nós mesmas é uma forma de cultivarmos o respeito e o amor por nós mesmos e de nos conhecermos melhor. Por isso, algumas sugestões: busque conhecer mais sobre escrita intuitiva, pratique a auto-observação, observe seus pensamentos, medite sobre suas atitudes, reflita sobre os padrões que vem repetindo em sua vida, tenha claro quais são seus valores para saber como tomar decisões que condizem com a sua verdade.
2. Cultivar e aceitar o seu corpo
Olhe pra você. Há uma história, há vitórias, há limitações… mas há um se que vive, respira, pensa, se conecta com outros e está sempre disposta a se conhecer mais. Encontrar sua missão de alma. E pra isso, tem o corpo e todas as características necessárias… você é perfeita exatamente como é.
Aceitar e fazer as pazes com o seu corpo é assumir o processo de autoconhecimento e amor próprio por completo.
3. Saber dizer não, quando for necessário
Têm momentos que, por amor próprio, precisamos dizer não à situações que nos agridem e nos fazem mal.
4. Desenvolver nossa força interna
Quando reconhecemos nosso poder e fortalecemos nossa vontade, deixamos de ser influenciados pelos desejos, vibrações e imposições dos outros.
Você pode trabalhar o chakra do plexo solar para desenvolver o seu poder pessoal e ter mais confiança em si mesma.
5. Aceitar nossas vulnerabilidades e erros
Compreender que nem sempre conseguimos saber e fazer o que é melhor, mas que podemos aprender com isso e, gradativamente, ir nos aperfeiçoando.
O livro A coragem de ser imperfeito, de Brené Brown fala exatamente sobre isso. A autora conversou com pessoas comuns, conversou com pais e professores, alunos, homens e mulheres que passavam e ainda passam por experiências relacionadas a vergonha e a vulnerabilidade.
Ao nos mostrar o que é a vulnerabilidade, ela nos mostra também toda a carga positiva que podemos receber ao entrar com a cara e a coragem na arena da vida. Ao encorajar atos e ações, ao mostrar que somos imperfeitos e mostrar que não existe problema algum em se tornar, se mostrar vulnerável, ela também analisa como a sociedade, mesmo que indiretamente, julga e entende as tão assustadoras vulnerabilidade e vergonha.
Por isso, recomendo ler esse livro, para entender mais sobre como a vulnerabilidade é positiva em nosso ser.
6. Encontrar significado na existência
Cada pessoa, por mais simples e modesta que seja, tem a sua importância e o seu valor. Viver em amor é encontrar sentido na própria vida.
7. Não se influenciar pelo julgamento e aprovação das outras pessoas
Quando não temos amor próprio, nos colocamos em segundo plano perante os demais, e deixamos de fazer o que gostamos em função da reprovação alheia, deixamos de ser nós mesmos.
Por isso, você precisa saber o que quer para si mesma e não deixar a opinião dos outros influenciar os seus sonhos e desejos. E nada melhor do que autoconhecimento, para ter certeza do que te faz feliz.
8. Não agradar demais aos outros para nos sentirmos valorizadas
Quando buscamos a todo custo aprovação externa, acabamos nos desvalorizando e deixando de fazer o que realmente nos faz bem, e acabamos por nos tornar marionetes dos outros.
Então sugerimos que se empodere dos seus sonhos, que você entenda as suas crenças, que você transforme os seus dias com ações que vão te guiar ao seu crescimento com autoconsciência da sua verdade.
9. Mantenha distância pessoas tóxicas
Têm momentos que para não nos prejudicarmos, precisamos nos distanciar daqueles que, por falta de amor próprio, buscam se auto afirmar em cima de nós. Por esses motivos, suas crenças limitantes acabam trazendo o excesso de negatividade sobre suas ideias, planos e ideias.
Em situações que você percebe que já deu o seu melhor e está sentindo que ultrapassou seus limites morais e seus valores, afaste-se. Mesmo que seja temporariamente.
Há momento em que o melhor mesmo é cada um se desenvolver na maneira que acreditar ser a melhor sob o seu ponto de vista. E está tudo bem. Mesmo que for a sua família… quando ambas as partes estiverem prontas para lidar de outra forma com a situação, que assim seja feito. Mas busque não insistir em situações que mais te sugam do que somam, ok?!
Reconhecer o humano em si
Nos assumirmos como somos, com os espinhos e as flores, de nossa humanidade. Reconhecer nossa vulnerabilidade é sermos, verdadeiramente, humanos. É olhar pra sombra e perceber que há luz. Mas que sem a sombra não seria possível identificar isso.
Portanto, aplauda, reconheça e sinta que tudo o que você fez até hoje, todas as decisões foram fundamentais para ser quem é. E isso é algo valiosíssimo. Mesmo que ao olhar para trás sente que faria diferente, tudo está bem. Pois naquela época aquele era o seu melhor… e hoje você já é outra mulher.
Então, partiu nave do amor?
A melhor coisa que você pode fazer por seus entes queridos é ser o mais saudável e feliz que puder, por você mesma primeiro… depois para as pessoas ao seu redor e inclusive para o mundo. Às vezes, isso significa dizer “não”. Às vezes esse “não” pode decepcionar os outros. Saiba que isso faz parte dessa jornada. Viemos aqui para aprender a escolher e lidar com o que vem depois disso… essa é a grande experiência aqui. E isso inclusive vai te ajudar a dizer os ‘sim’s’ que mais ressoam com a sua verdade.
É como pegar o trem da liberdade sem estação pra parar!
Viver uma vida com amor próprio é ter prazer em ser quem você está sendo agora. É fazer as pazes com seu corpo, suas escolhas e se permitir ser espontaneamente quem é.
O episódio “onde foi parar meu amor-próprio?” vai ser uma grande virada de chave se você está nesse momento com você mesma:
O que importa é você estar bem consigo mesma para assim ajudar os outros.
Divide aqui com a gente o que já fez por você que sentiu vontade de se abraçaaaaaaaaaar e falar aquele eu te amo pra si mesma?