fbpx

Autoconhecimento: como ele pode transformar sua vida?

Você sabe como o autoconhecimento influencia nas decisões que tomamos na nossa vida? Este verdadeiro mergulho ao interior de si mesmo permite uma reflexão sobre os padrões deixados por nossos familiares e outras pessoas com quem interagimos durante o nosso desenvolvimento.

Todos somos capazes e temos recursos internos e energias dentro de nós. No entanto, temos também as referências que ideias estabelecidas e estipuladas pela sociedade nos impõem.

Por isso, às vezes, perdemos nossa individualidade e identidade, e vamos, assim, perdendo também nossa essência. O desconhecimento sobre nós mesmos ocorre devido aos condicionamentos sociais e culturais e aos modelos mentais impostos pelo ambiente em que vivemos.

O objetivo de começar um processo de autoconhecimento é ampliar a consciência e aumentar o bem-estar. Quando bem encaminhado, são muitos os benefícios dessa prática, principalmente no que se refere aos processos de mudança emocional, aos quais estamos tão vulneráveis durante toda a nossa existência.

Não se muda aquilo que não se conhece. Daí a importância de realizar um trabalho que garanta o autoconhecimento.

Por quê buscar o autoconhecimento?

As pessoas tendem cada vez mais a procurar novas sensações que as façam se sentir bem, completas, felizes e realizadas.

Por isso, o autoconhecimento é tão importante. É por meio desse processo que conseguimos enxergar a nós mesmos, a nos educar, a nos aceitar e a aprender coisas novas. E claro, vamos reconhecer também nossas sombras, mas veja, sem elas também não saberíamos o que é a nossa luz. 

Os principais benefícios são:

  • Para de Reagir para conseguir ter discernimento parta AGIR de forma diferente a certas situações da nossa vida;
  • Perceber como os fatos impactam nossos sentimentos e emoções, sair do DRAMA;
  • Descobrir nossa própria vocação, seja ela profissional ou pessoal, ir ao encontro do nosso verdadeiro propósito (e não necessariamente ele é altruísta, tá?);
  • Libertar e superar medos das coisas e das pessoas;
  • Sentir mais confiança em si e nos outros;
  • Ver a vida e os problemas sob uma nova ótica, são DESAFIOS não PROBLEMAS;
  • Respeitar mais os outros e saber construir relacionamentos de valor;
  • Aceitar as pessoas como elas são: começando por você e em seguida por seus pais (que são grandes chaves para diminuir o medo do julgamento);
  • Respeitar as diferenças;
  • Valorizar as próprias competências e habilidades;
  • Desenvolver o amor próprio;
  • Fortalecer a autoestima.

Isso faz sentido pra você hoje? Se isso faria bem na sua vida, quem sabe é hora de você realmente mergulhar no caminho do autoconhecimento. A vida é pra ser maravilhosa e leve, a falta disso pode te trazer alguns desafios. 

Consequências da falta de autoconhecimento

Pessoas que conhecem pouco a respeito de si mesmo podem se tornar incapazes de lidar com determinadas situações e pessoas. 

São pessoas com elevado nível de estresse e ansiedade e que não possuem discernimento para promover atitudes que façam bem a si mesmo e para as pessoas que a cercam. Muitas vezes, podem acabar sendo conduzidas por regras impostas pela sociedade, sem levar em consideração os seus sentimentos, desejos e aspirações, levando-as à frustração

São as pessoas que vivem no piloto automático, sabe? Eu já estive aí, até cinco anos atrás. Fazia, existia, decidida, respondia, me vestia… mas não sabia porque o fazia. 

Portanto, o autoconhecimento passa a ser uma habilidade que promove saúde mental ao indivíduo.

Autoconhecimento transforma mesmo?

Perceber com mais consciência quem nós somos, entender nossas buscas, nossos medos, nossos desejos, reconhecer nossos potenciais e fraquezas faz com que fiquemos mais fortalecidos e preparados para lidar conosco e com os outros. Pode parecer simples, mas não é, o exercício do autoconhecimento é complexo, constante e vale para todos, também, e principalmente, para os psicólogos.

As transformações precisam de tempo, reflexão, vontade, coragem e novas atitudes. Além disso, olhar para si mesmo exige que reconheçamos nossos aspectos desagradáveis ou inimagináveis, e isso não é tarefa fácil, porque, muitas vezes, nos faz perceber que o problema que nos incomoda tanto no outro é também nosso.

O autoconhecimento exige, além de coragem e paciência, também uma disponibilidade para se colocar como prioridade, mesmo que a pessoa goste e queira ajudar os outros. Quando nos colocamos como prioridade, ganhamos liberdade e autonomia, assim ajudar os outros se torna uma escolha e não o resultado da culpa ou dependência. Ou seja, muitas pessoas ajudam as outras para se livrarem da culpa ou para garantir algo em troca, como uma forma de assegurar amor e atenção. A liberdade e a escolha tornam as coisas mais leves. Os laços de amor são fortalecidos pela confiança, não pela cobrança.

Muitas vezes as nossas decisões e buscas pessoais não são conscientes, acabam sendo mais emocionais do que racionais (mesmo que pensemos ao contrário). Perceber com mais consciência o processo daquilo que estamos buscando e/ou compensando nas nossas relações, nos ajuda a decidir de forma diferente ao invés de repetirmos atitudes que já não queremos mais.

Por onde começar?

Se conhecer exige a prática constante de análises e reflexões sobre suas atitudes, pensamentos e comportamentos com as pessoas e situações diversas.

Se aceita uma sugestão, escrever seus pensamentos e emoções ajuda a fixar em sua mente o que está sentindo e permite posterior análise de sua evolução. Esse processo requer que o indivíduo seja muito sincero e honesto nas respostas. É importante lembrar que as respostas devem ser dadas de acordo com o que você é ou sente de verdade, e não como pensa que é ou gostaria que fosse.

Na verdade, depois do autoconhecimento será possível fazer ajustes e melhorias para alcançar o indivíduo que gostaria de ser, mas sem mudar a sua essência. Ou seja, também é um processo de auto aceitação! Você pode descobrir que determinadas atitudes são as que provocam a sua felicidade e mudá-las pode não ser uma opção interessante, desde que não traga prejuízos para si e para os outros.

Dica de exercícios

1 – Perguntas para reflexão

Fazer e responder perguntas sobre si mesmo permite estimular o autoconhecimento e te fazer refletir sobre suas atitudes, emoções e comportamentos. Através das respostas também é possível mudar algumas atitudes em busca do seu desenvolvimento pessoal. Esses são alguns exemplos de perguntas para fazer a si mesmo:

  • Quais são os meus objetivos de curto prazo?
  • Quais são os meus objetivos de médio prazo?
  • Quais são os meus objetivos de longo prazo?
  • O que eu gosto de fazer e gostaria de fazer mais?
  • O que eu não gosto de fazer e gostaria de ter que fazer menos ou não fazer?
  • O que me faz bem?
  • O que me desagrada?
  • Como eu reajo em situações desafiadoras e de estresse?
  • Do que eu tenho medo?
  • O que eu gosto e sinto orgulho em mim mesmo?
  • Que atitudes eu gostaria de eliminar dos meus hábitos?
  • Que tipo de lugares gosto e costumo frequentar?
  • Quais são meus hobbies?
  • Que hobbies eu gostaria de desenvolver?

2 – Linha do tempo da vida

Essa ferramenta consiste em desenhar uma linha horizontal que representa a sua vida. Marque no centro da sua linha um ponto, que representa o momento atual em que você está.

Preencha o lado esquerdo do ponto com acontecimentos e situações importantes que te fizeram chegar ao ponto em que está. Esses acontecimentos são fatos que marcaram a sua vida: pode ser um relacionamento, um curso, uma situação vivenciada e que de alguma forma te marcou, pessoas que você conheceu e foram importantes e marcaram sua trajetória.

Depois, você deve preencher o lado direito do ponto, que representa o seu momento atual com situações que deseja vivenciar no futuro, com os seus sonhos, o que você deseja. A partir desses desejos, dedique um tempo para traçar as estratégias necessárias para alcançar suas metas e objetivos.

Ao traçar essas metas e objetivos leve em consideração os seus gostos pessoais. Avalie os seus dons e talentos, o que você precisa e quer desenvolver. Preocupe-se em colocar ações que te transmitam boas sensações e felicidade. 

3 – Peça Feedback 

Saber as percepções que as pessoas têm sobre você é uma boa maneira de identificar pontos de melhoria e seus pontos fortes. Não confunda aceitar feedback de terceiro como uma demonstração de falta de personalidade. Saber ouvir opiniões de outras pessoas também é um ponto importante para o processo de autoconhecimento. 

Não ignore as críticas e os elogios a seu respeito. Em vez disso, faça uma autoanálise que lhe permita enxergar verdadeiramente como você se comporta em determinadas situações.

Anote as respostas e o feedback que receber e dedique um tempo para refletir sobre as palavras que recebeu. Procure se avaliar a partir dessas anotações e retome, após certo tempo, para verificar suas atitudes a partir delas. 

Autossabotagem: quais são os comportamentos mais comuns?

Já teve aquela sensação de que, olhando em retrospecto, você errou mesmo e não sabe mais por que insistiu que tinha sido resultado de outra coisa ou outra pessoa – o trânsito, a crise ou um colega?

Trata-se de um comportamento do tipo autossabotador, daqueles que entram em ação quando atribuímos nossos erros a fatores externos e agimos de maneira negativa.

Quando você descobre um autossabotador na sua maneira de agir, tudo fica mais fácil e você entende como controlar e contornar o problema para agir de uma maneira mais produtiva e satisfatória.

4 passos para desenvolver seu propósito

Quando você souber melhor que direção quer seguir, pode tornar seu propósito ainda mais palpável e seus objetivos mais claros. Qual é o objetivo aqui? Conectar de maneira mais transparente o que você quer, como seu desejo pode se tornar realidade e criar um plano para conectar seu presente com seu futuro.

Para fazer isso, você pode seguir os 4 passos que descrevemos abaixo.

Passo 1: Entenda seu estado atual

Seu estado atual é, como o nome entrega, seu presente. Qual é seu trabalho hoje? Quais são suas responsabilidades e como seu perfil se encaixa com o perfil da organização? Como você encara seus desafios hoje em dia? Você está feliz? O que te motiva e desmotiva ali? Escreva tudo e deixe as ideias fluírem.

Passo 2: Identifique seu estado desejado

Pense com cuidado: onde você gostaria de estar em dois ou cinco anos? Qual é sua visão? O que quer estar fazendo profissionalmente? O que vai fazer com que você olhe para trás e diga: ainda bem que me esforcei? Siga anotando tudo!

Passo 3: Valide seu estado desejado

Não basta gostar da ideia desse futuro, é preciso entender por que ela é atraente para você. Assim, essa visão vai continuar sendo um fator motivador e capaz de focá-lo!

Por que quer conquistar esse objetivo? O que espera aprender ou ganhar com isso? Por que ele é tão importante? Sua motivação é profunda? Seu objetivo está alinhado com seus valores mais importantes?

Passo 4: Planeje-se

Agora vem uma parte bem importante: traçar uma estratégia para chegar em seu estado desejado. O que o separa dele? Algo que você precisa aprender, adquirir ou mudar, como um novo tipo de conhecimento, competência ou experiência?

Seja bastante detalhista! Quanto mais detalhes tiver, mais fácil vai ficar transformar tudo isso num plano de desenvolvimento individual (PDI) com metas, prazos e objetivos.

Kaizen, uma filosofia japonesa de progresso constante

Sabe aquela sensação de que não importa quanto você avançou e que ainda não foi suficiente?

Quem pratica o kaizen (que significa “melhoria contínua”) não sofre tanto. Trata-se de uma filosofia japonesa de autodesenvolvimento que muda a perspectiva de quem está correndo para alcançar um objetivo.

Ao invés de só considerar grandes conquistas como processo, seus praticantes preferem fazer pequenas conquistas diárias, que servem de combustível para as próximas pequenas conquistas – até que um dia aquela grande conquista está na mão.

Ou seja, o kaizen não foca em “mudanças radicais”, mas no processo gradual e incremental de progresso. A ideia é uma só: torná-lo melhor hoje do que você era ontem.

E podem ser passos realmente pequenos, algo como 1% de progresso. Mesmo que seja aprender apenas algumas palavras de um idioma novo, ler uma página de um livro ou acordar dez minutos mais cedo.

Uma conquista atingível, além de mais motivadora, é bem menos intimidante.

Com o tempo, aquilo que você considera um progresso pequeno também pode aumentar, de maneira natural e sustentável – e a conquista vai ficando cada vez mais perto.

Busque se conhecer cada vez melhor

O que você acha de praticar o autoconhecimento no seu dia a dia, analisando seus pensamentos, emoções e comportamentos todo dia antes de ir dormir e anotar como se sentiu?

Lembre-se de que compreender uma falha e buscar melhorar ou ter outro resultado, já é um passo neste caminho do autoconhecimento.

Se quiser saber mais sobre o assunto, escute esse papo de alma, no qual trago reflexões para você expandir seu conhecimento.